Além de Anitta, sertanejos também fraudam Spotify para atrair investimentos

  • Além de Anitta, sertanejos também fraudam Spotify para atrair investimentos

    gusttavo-lima-teste-dna-explica Logo após Anitta ter conquistado um feito inédito e atingido o primeiro lugar global com o hit “Envolver”, com mais de 6,3 milhões de streamings em apenas 24 horas, várias denúncias que a cantora teria fraudado o algoritmo do Spotify para conquistar os números impressionantes vieram a tona. Um dos métodos usados para burlar o sistema da plataforma foi o uso redes VPN para reproduzir as músicas várias vezes com novos IP’s (burla o protocolo raiz, que permite identificar um equipamento com acesso à internet); e também o possível uso de “robôs” (bots) para reproduzirem a música infinitamente. Muita gente se pergunta quanto os artistas faturam no Spotify, e como o Movimento Country apurou e divulgou recentemente, grandes nomes da música podem faturar mais de R$750 mil mensalmente. Nós ouvimos alguns especialistas sobre o caso e descobrimos um escritório em Goiânia especializado em inflar não apenas número de streamings nas plataformas de áudio, mas também aumentar seguidores nas redes sociais e engajamento nas mesmas. De acordo com o escritório, que prefere manter descrição sobre o trabalho, artistas como Gusttavo Lima, Zé Neto e Cristiano, Gustavo Mioto, George Henrique e Rodrigo entre outros nomes costumam pagar para aumentar o número de execução e conseguir, além do retorno financeiro, ter um respaldo junto à gravadoras e parceiros comerciais: “Com um número grande de execuções, os artistas conseguem um adiantamento com as gravadoras”, afirma a fonte. Lives sertanejas também foram impulsionadas por “robôs” A prática usada por Anitta e outros artistas inclusive da música sertaneja não é novidade. Em plena pandemia, os artistas contrataram empresas para inflar a audiência e poder faturar milhões com as transmissões que vendiam a ideia de fins filantrópicos. Gusttavo Lima, por exemplo, chegou a faturar mais de R$ 3 milhões por transmissão e chegou a cobrar em média R$ 400 mil por patrocínio. Além do “Embaixador”, artistas como Jorge e Mateus, Leonardo, Zé Neto e Cristiano e Luan Santana também realizaram transmissões durante a pandemia, faturando milhões de reais. Na época da transmissão, o YouTube puniu alguns canais por propaganda irregular e por infringir as regras da plataforma, entre elas a de usar “bot”, os famosos “robozinhos” para inflar a audiência das transmissões. As práticas vem sendo cada vez mais desmascaradas por meios oficiais. A Billboard, por exemplo, tem um forte esquema de detecção de bots que impede artistas de aparecerem inflados em suas paradas semanais, que identificam as músicas, álbuns e artistas mais populares dos Estados Unidos no momento.