Pedro Sampaio está à vontade. De boné para trás, casaco, mas sem camisa. O estilo despojado conversa com aquele que ele tenta imprimir também nas músicas. Na pausa entre uma declaração e outra a
Splash, ele segura um coco verde. A bebida escolhida não deixa dúvidas: estamos diante de um menino do Rio.
Inserido no bregafunk e de mãos dadas com Anitta, o artista começou a ganhar mais força pouco antes da pandemia, no comecinho de 2020, e conseguiu se moldar a ela. Dos palcos gigantes que já estava se acostumando se ajeitou na varanda do apartamento na Barra da Tijuca para não ficar sem tocar.
Passados quase dois anos — de sucesso e pandemia —, Pedro Sampaio acaba de lançar seu primeiro disco com feats com gente do pop, do funk, do pagode e até do piseiro. A música “Dançarina”, com MC Pedrinho, ocupa a primeira posição das mais tocadas no Brasil no ranking do Spotify.
Parte das referências visuais do DJ estão no rap. Mas sua identidade está nítida no título do álbum: “Chama meu Nome”. Nome este quase impossível de ser lido sem dividir as sílabas no bordão garimpado do funk.