Tim Maia, que faria hoje 80 anos, ainda é a mais completa tradução brasileira da música negra norte-americana

  • Tim Maia, que faria hoje 80 anos, ainda é a mais completa tradução brasileira da música negra norte-americana

    familia-de-tim-maia-vai-receber-r-50-mil-de-indenizacao-de-producao-da-festa-de-450-do-rio-1547160593592_1024x768 Sebastião Rodrigues Maia (28 de setembro de 1942 – 15 de março de 1998) ainda é a mais completa tradução brasileira da música negra norte-americana, especialmente do soul. Duas décadas antes do batidão importado do funk começar a ganhar pulso e identidade nacional nos bailes de onde emergiriam estrelas como a dupla Claudinho & Buchecha e as cantoras Anitta e Ludmilla, Tim Maia – nome artístico com o qual cantor e compositor carioca se imortalizou – abrasileirou o funk e o soul que ouvira e absorvera no período conturbado em que viveu nos Estados Unidos de 1959 a 1964 após, adolescente, ter formado na Tijuca, bairro carioca onde se criou, alguns conjuntos como Os Tijucanos do Ritmo e The Sputiniks.. Pelo fato de que todas essas músicas parecem ser imunes aos efeitos corrosivos do tempo, fica difícil imaginar que Tim Maia faria hoje 80 anos. Inclusive porque a imagem de Tim Maia cristalizada na memória nacional é a de um cara-de-pau alegre, bonachão, tão temperamental quanto sensível, dono de vozeirão de amplitude inalcançável, nem tanto pelo (alto) volume, mas pelo muito que fez pela música do Brasil.