Voz emergente do Recife, Mazuli tem veia pop exposta em álbum influenciado pelo brega

  • Voz emergente do Recife, Mazuli tem veia pop exposta em álbum influenciado pelo brega

    mazulilumatorres

    Desde 2019, ano em que debutou em disco com a edição do EP Desafogo, Mazuli tem procurado se fazer ouvir dentro e além da movimentada cena pop pernambucana que tem projetado cantores e compositores como Almério, Isabela Moraes e Juliano Holanda.

    Posto nos aplicativos de música na sexta-feira, 27 de agosto, com capa que retrata o cantor em foto de Luma Torres, o álbum Mazuli representa outro passo do artista na caminhada para se firmar nessa cena.

    Nascido no Recife (PE) há 25 anos, com o nome de Thiago Mazulli, o cantor e compositor já tem parceria com Otto, perpetuada no single 8 ou 80 (2020), e apresenta no álbum onze canções autorais, sendo nove inéditas e duas já lançadas em singles entre abril de 2020 e janeiro deste ano de 2021.

    A produção musical de Pedro Liao – baixista e tecladista da banda arregimentada para a gravação do disco, coproduzido pelo guitarrista Carlos Filizola – expõe a veia pop do cancioneiro do artista.

    Essa veia pulsa com mais força na levada acelerada do refrão de Pequeno porte (Mazuli, Helton Moura e Mila Nascimento), na arquitetura de Raspe com a colher (Mazuli e Guilherme Barreto) – música de refrão aliciante, já previamente apresentada em janeiro como segundo single do álbum Mazuli – e em Astral (Mazuli).

    Faixas como Não minta pra mim (Mazuli e Helton Moura) e Teste de amor (Mazuli e Helton Moura) evidenciam os recorrentes flertes do artista com o brega, gênero musical que tem no Recife (PE) um dos principais celeiros nacionais.

    Herdeiro das tradições folhetinescas do cancioneiro popular brasileiro, Mazuli amansa as dores de amores com o bom acabamento pop das músicas do álbum.

    Faixa revelada em abril de 2020, Entre eu e você (Mazuli e Guilherme Barreto) evolui com leveza em gravação que junta Mazuli com a cantora Bruna Alimonda e com os toques do violino de Susan Hagar e do violoncelo de Jalvanez Gudes, ambos harmonizados de forma incomum no arranjo.

    Após apresentar parceria de Mazuli com o conterrâneo e contemporâneo Juliano Holanda (Show de Trumann, música também assinada por Inês Maia) e a prosa declamada de Clichês (Mazuli), o álbum se encerra com Moeda (Mazuli), corroborando o valor desse promissor cantor e compositor pernambucano.

    O álbum Mazuli é grata surpresa na multifacetada cena pop brasileira de 2021.